Primordiais

"Da dança dos absolutos nasceram os que moldam o meio —
a Vida pulsa, a Morte cala,
a Justiça pesa, o Destino tece,
e a Consequência responde, pois tudo que foi feito há de retornar."

As Tramas Entre Tudo, Verso II, Fragmento 17

Nenhum primordial nunca foi visto, suas imagens são representações de histórias e crenças antigas

1. A Vida — Ilyarah, o Coração do Primeiro Pulso

  • Origem: Do encontro entre O Caos e A Ordem.

  • Forma: Uma árvore infinita, cujos galhos tocam os céus e raízes se aprofundam no abismo, pulsando com luz líquida.

  • Descrição:
    Ilyarah é a fonte de todo alvorecer biológico — a primeira centelha que fez a pedra sangrar e o vento respirar. Ela canta em nascimentos, germinações, na música das florestas e no calor do sol. Não é deusa nem mãe, mas sim o próprio ato de viver.
    Seus seguidores se tornam druidas, curandeiros, protetores do ciclo vital. Mas Ilyarah não ama — apenas cria.

2. A Morte — Vokh'Lir, o Véu Silencioso

  • Origem: Da união entre O Tempo e O Nada.

  • Forma: Um manto de cinzas flutuantes com um vazio no centro, por onde se escuta o fim.

  • Descrição:
    Vokh'Lir não mata — ele acolhe o fim de tudo. É a quietude que espera no final da trilha, o último fechar de olhos. Nele, tudo é igualado: reis e vermes, heróis e covardes.
    Seus clérigos não matam, mas conduzem. Suas seitas são cultos de silêncio, e onde seu nome é entoado, as velas apagam por si só.

3. A Justiça — Thalimar, o Julgo Inexorável

  • Origem: Da fusão entre A Ordem e A Verdade.

  • Forma: Uma figura imensa de armadura branca e dourada, com olhos vendados e mãos flamejantes que seguram balanças eternamente equilibradas.

  • Descrição:
    Thalimar é a manifestação do julgamento perfeito, incorruptível e imutável. Ele vê tudo como é — e age de acordo, sem piedade ou favoritismo. Ele pune o injusto e protege o justo, mesmo que a própria realidade tenha que ser quebrada para isso.
    Suas manifestações são raras, mas definitivas: onde Thalimar desce, as mentiras morrem e a balança se fecha.

4. O Destino — Nirvalhen, a Tecelã das Linhas Eternas

  • Origem: Da união do Tempo com A Ordem.

  • Forma: Uma mulher sem rosto, com mãos infinitas, tecendo fios dourados sobre um tear de estrelas.

  • Descrição:
    Cada vida, cada escolha, cada suspiro está bordado no Grande Tecido de Nirvalhen. Ela não decide — ela transcreve o que será, obedecendo a um padrão que nem ela mesma pode explicar. Ela é a fatalidade, a inevitabilidade, a profecia viva.
    Oráculos a cultuam, tentando ler sua tapeçaria. Alguns enlouquecem ao vislumbrá-la. Outros desaparecem por desafiar o fio que lhes foi dado.

5. A Consequência — Azroth, o Eco que Responde

  • Origem: Da união de A Verdade com O Tempo.

  • Forma: Uma figura encapuzada feita de reflexos, cuja presença espelha o observador — mas sempre em uma versão marcada por escolhas passadas.

  • Descrição:
    Azroth não pune, nem recompensa — ele responde. Cada ato, palavra e pensamento ecoa nele, e ele o transforma no desfecho inevitável.
    Não é justo como Thalimar, nem implacável como Nirvalhen. Azroth apenas devolve aquilo que foi lançado ao mundo, no tempo certo e no tom merecido.
    Seus seguidores dizem: "Nada se perde. Tudo retorna." E aos seus pés, até os deuses enfrentam o retorno de suas ações.

Esses seres primordiais caminham nas sombras dos Absolutos, às vezes interferindo diretamente no mundo dos mortais, outras vezes apenas sendo sentidos. Suas aparições marcam eras, seus cultos formam impérios e seus nomes são sussurrados em todo lugar onde se pensa sobre o que é e o que deveria ser.

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